Este salmo tem como fundo uma das várias perseguições de Saul, que lançava mão de todos os meios para tirar a vida de Davi. Ele busca refúgio nas dependências do tabernáculo, onde Aimeleque exercia o sacerdócio (I Sam. 21).
Nessa mesma ocasião se encontrava detido no tabernáculo o chefe dos pastores de Saul por nome Doegue, que ouviu todo o plano de Davi exposto ao sacerdote, bem como a entrega da espada de Golias. Mais tarde contou tudo ao rei Saul.
E neste Salmo, um dos mais antigos, Davi retrata o caráter de Doegue. Um homem que maquina o mal, dono de uma língua de enganos, que desconhece o bem e que não teme a Deus. Um homem que não tem Deus por sua fortaleza.
Assim age o inimigo das nossas vidas. Ele está sempre por perto com a finalidade de nos acusar perante Deus. Muitas vezes usa pessoas que procuram nos acusar e tirar a nossa paz. E satanás com toda sua artimanha, nem tais pessoas, conseguem triunfar sobre nós, pois das “mãos do Pai ninguém nos arrebatará”.
Que tenhamos a mesma convicção de Davi: “Sou como a oliveira verdejante na Casa de Deus”, ou como escreve em outro salmo, “Os justos florescerão como a palmeira” (92:12).
Em Israel uma casa sem oliveira era uma casa pobre e triste. Na Palavra de Deus a oliveira simboliza esplendor e prosperidade. (Salmo 128:3).
Em Cristo somos quais oliveiras verdejantes plantados para dar alegria e sombra, mesmo aos que nos difamam. E aí está a diferença: não nos igualemos a eles, mas que sejamos como Davi: “Dar-te-ei graças para sempre , porque assim o fizestes; na presença dos teus fiéis, esperarei no teu nome, porque é bom”.
“Sou como a oliveira verdejante na Casa de Deus”.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz