“Mas o que era para mim lucro,
passei a considerar perda por causa de Cristo” (Filipenses 3-1 a 9)
Este testemunho do apóstolo Paulo aos cristãos de Filipos, apontando para sua vida pessoal, consiste em uma das páginas mais sublimes das Escrituras Sagradas. Aproximadamente trinta anos são passados desde que ficou prostrado na estrada de Damasco, quando descobriu o Senhor Jesus Cristo, o qual tornou-se seu Senhor. E foi mergulhado nesta experiência, sob a luz que excedia o esplendor do sol, que passou a ser contador espiritual. E assim temos seu balanço demonstrado.
Em todo o balanço obrigatoriamente deve conter duas contas para seu equilíbrio. De um lado os lucros adquiridos no exercício e do outro as saídas, como despesas, pagamentos, etc. Assim foi a vida do apóstolo. As perdas que foram ocasionadas pelo encontro com Cristo, resultando em sua salvação, foram enormes, mas ele as considerou como refugo, esterco, ou lixo por amor a Cristo .” Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo”.
Paulo relaciona suas perdas: circuncidado ao oitavo dia; israelita legítimo; pertencente à tribo de Benjamim; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Como qualquer israelita poderia orgulhar-se de todas essas “qualidades”, tornar-se um mestre erudito e alcançar bons rendimentos. Entretanto, os lucros compensaram: “ganhou a suprema grandeza do conhecimento de Cristo o qual tornou-se seu Senhor” (Filip.3:8,9)
E no balanço de nossa conversão como estão as contas? Entre lucros e perdas quais foram os resultados? O que perdemos no dia de nossa conversão a Cristo? Ou não houve perdas? Vivemos dias onde as pessoas mudam de religião, mas não conhecem o poder salvador de Jesus. Continuam com seus costumes e vícios, e não abrem mão de tudo o que ocupa o lugar de Cristo. O apóstolo não titubeou, e quando levantou-se literalmente da estrada de Damasco, todo arcabouço que trazia consigo foi deixado lá, e viu que nada valia, era refugo, puro esterco.
E você que já recebeu a Cristo como seu Salvador, o que perdeu? Amigos, parentes queridos, uma boa posição em seu local de trabalho, perseguições, atentados físicos, insultos, ou nada perdeu? A promessa de Jesus é deveras preciosa: “E todos os que tiverem deixado casas, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna”. (Mat.19:29)
Que no seu balanço espiritual os bens reputados como “tesouros” sejam estercos, e que os lucros apurados sejam incalculáveis, levando-o a conhecer o poder de Cristo a cada dia em sua vida.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©