A alegria é definida pelos dicionários como um “estado de viva satisfação, vivo contentamento; regozijo, júbilo, prazer”.
É bem fácil descobrir quando uma pessoa está alegre, pois seu sorriso a denuncia, e se torna difícil encobri-la. Ela se apossa das pessoas por algum tempo, dias ou horas muitas vezes. E depois, passado o acontecimento ela se vai mansamente. Outros dias serão diferentes, menos alegrias, mais tristezas, algumas lágrimas, até chegar novo período de explosão de alegria.
Estamos em época de uma alegria passageira como as demais, conhecida como alegria carnavalesca. Começa nas preparações das fantasias, segue pelos desfiles das escolas, e culmina com sua vitória. Aí vem uma explosão de alegria, manifestada em sorrisos e muitas vezes em lágrimas. Como as demais, é uma alegria passageira que se esvai como fumaça no decorrer dos dias.
A pergunta que não cala é: Vale a pena? Que benefício ganho? Que consolo me vem nas horas tristes? Onde me agarrar? Assim são todas as alegrias que nascem e morrem com a mesma velocidade dos raios que riscam os céus.
Há vários estados de alegria e estes permanentes expostos na Palavra de Deus. Não desaparecem, não são passageiros. A cada dia que desponta esta alegria está firme como “âncora da alma” nas palavras do escritor da carta aos Hebreus (6:19).
Alegria de ter o nome registrado no Livro da Vida: “Contudo, não vos alegreis porque se vos submetem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”. (Lucas 10:20). Alegria na perseguição em lembrar que nossos antepassados foram perseguidos: “Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós”(Mateus 5:12).
“Alegrai-vos na esperança”. As palavras que encimam esta meditação foram escritas para um grupo de cristãos perseguidos pelos imperadores romanos. Muitos que depositaram suas esperanças naqueles governantes ao se converterem ao cristianismo passaram a ser perseguidos, e agora podiam ter alegria em uma esperança que se fundamenta em Deus – no próprio Deus. Daí várias alusões à alegria nesta carta, entre elas: “alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram”(Rom.12:15).
Desejo a alegria que não morre numa “quarta-feira”, mas sim a alegria por ser salvo, por ter meu nome escrito no Livro da Vida, e por aguardar a volta de Cristo a qualquer momento, e que fará minha alegria totalmente completa.
Que assim seja
©Orlando Arraz Maz