“Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado,
mas não tiver amor, nada disso me valerá” (I Coríntios 13:3))
A pandemia trouxe inúmeros reflexos negativos a muitas pessoas espalhadas pelo mundo. O Brasil não escapou nem saiu ileso, e as consequências são vistas em todos os lugares. O desemprego, a miséria, a fome e tantos outros malefícios chegaram em grande medida à cada porta.
Assim, surgiram as entidades sociais, as Ongs e tantas outras com o objetivo de arrecadarem alimentos e agasalhos aos necessitados. Uma corrente enorme surgiu em todas as partes, e muitos se mobilizaram em ajudar com suas doações.
Todo esse movimento me faz pensar na carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, aos escrever o majestoso capítulo sobre o amor: “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá” (I Cor. 13:3).
Então, quais são os motivos que levam muitos a se envolverem em doações? Talvez um sentimento do dever cumprido? Um gesto de solidariedade? Uma demonstração de carinho?
Sem dúvida são motivos nobres, pois trazem o bem-estar e alivia o sofrimento daqueles necessitados. Mas, o que ganham os doadores? Perante Deus, caso suas ações não sejam movidas por amor, são como folhas ao vento e de nada valem. O amor é o termômetro de todas e são estas, sim, apreciadas e aprovadas por Deus.
Ao mesmo tempo pensam muitos que tais ações lhes dão um passaporte para os céus, uma salvação maravilhosa, mas há um aviso dado por Deus registrado em sua palavra: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8,9). Caso fossem pelas obras os que têm mais posses e por isso podem doar mais, teriam vantagens em detrimentos dos menos favorecidos, e dessa forma Deus seria injusto. Daí, nada valem para a salvação.
Assim, as doações que tanto vemos espalhadas em muitos lugares, além de não servirem para entrada nos céus, bem como sem o amor derramado nos corações dos que creem em Cristo, também de nada valem.
Quando há amor no coração, não o amor tão cantado em versos e prosas, mas aquele que é plantado no coração através da fé em Jesus Cristo, as obras que o acompanham são aprovadas por Deus e nos remetem aos galardões que um dia serão distribuídos na eternidade.
Portanto, bem-vindas são as doações e todas as Ongs, mas os que as promovem não se iludam como pontos ganhos para os céus, pois a salvação é presente de Deus, e como tal, sem qualquer preço. E que ninguém se esqueça: sem amor, o amor de Cristo no coração, perdem o seu valor.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©