I Cor. 9:24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
Estamos em época de olimpíadas, e em especial no Rio de Janeiro vemos uma agitação própria desse evento. Há pessoas de todas as partes do mundo e que aqui estão para torcer por seu país. Vibram com bandeiras e trajes característicos, e demonstram uma alegria contagiante.
Quando o apóstolo Paulo escreveu para a comunidade cristã da cidade de Corinto, se encontrava bem distante, na cidade de Éfeso, e prontamente recordou-lhes as competições gregas que se desenvolviam entre eles, tão conhecidas e disputadas naqueles tempos longínquos. Por certo havia entre todos a mesma euforia que estamos assistindo, e o desejo em cada atleta de conquistar os louros da vitória. E o apóstolo esclarece que muitos se esforçam nas competições, mas somente um conquista a vitória tão desejada.
Assim é a corrida cristã. Muitos, tomados pela euforia de uma mensagem cativante, se deixam levar por emoções, e resolvem ingressar nas fileiras do Evangelho, e logo desistem no caminho. Outros começam entusiasmados com vistas às recompensas de sucessos financeiros, e da mesma forma, após nada conseguirem, abandonam a pista totalmente machucados.
O atleta verdadeiro que deseja competir nos “estádios” da fé cristã, é aquele que descobriu em Jesus o amigo melhor, o Salvador sem outro igual que ofereceu sua vida na cruz e que perdoa o pecador perdido. Quando alguém inicia esta corrida não deseja desistir, pois Jesus vai à frente abrindo o caminho e ajudando nas difíceis subidas.
A corrida cristã não visa a recompensa pela salvação, pois esta independe de nossos esforços. O Senhor Jesus deseja um serviço fiel de cada competidor, cuja coroa está reservada para ser entregue naquele dia, quando subiremos no pódio e a receberemos de suas mãos. Esta era a certeza do apóstolo: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (II Tim. 4: 8).
As medalhas dos atletas, mesmo as de ouro, prata ou bronze, valem para esta vida, e a alegria em ganha-las é efêmera. As que estão guardadas pelo Senhor Jesus não envelhecem, não perdem seu brilho, e a alegria que produzem são para a eternidade.
Vamos, sim, nos alegrar com nossos atletas e torcer pelo nosso país, mas jamais nos esquecer que há uma competição melhor, que demanda nossa fidelidade no serviço do Mestre: “Não é dos fortes a vitória, nem dos que correm melhor! Mas dos fiéis e sinceros, como nos diz o Senhor”!(CC 471) “Correi de tal maneira que o alcanceis.”
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©