Em nosso último comentário discorremos sobre a direção do Senhor Deus na vida de Rute, a qual encontrou um amigo compassivo.
Boaz era filho de Raabe (Mt 1.5 e Os 2.1),que pela misericórdia de Deus passou a gozar das bênçãos de Israel,ficando livre da destruição de Jerico (Os 6.25). Portanto, Boaz era um homem que conhecia bem o Deus de Israel. Sua mãe, sem duvida, contou-lhe do dia em que foi visitada pelos dois espias, do esconderijo que improvisou para eles e, quem sabe, toda a vitoria de Israel derrubando os muros de Jerico ao som das trombetas. Um Deus como este, somente o Deus de Israel!
No dia em que Rute começou a trabalhar, Boaz, não se encontrava no campo. Por certo, cuidando de negócios na cidade, ou, segundo alguns, voltando de uma batalha. No entanto, assim que chegou, sua atenção se volta para Rute e começa a se interessar por ela. Nesses versículos temos uma amostra do caráter e do coração de Boaz.
Primeiramente, seu cuidado para que ela, distraída, não passasse para outro campo, mas que estivesse entre as demais empregadas da fazenda. Ele queria exclusividade em seu trabalho. Somente assim teria condições de analisar seu serviço e apreciar sua obediência.
Interessante este cuidado. No estudo anterior escrevemos que Boaz é um pálido tipo do Senhor Jesus, e, portanto, cumpre-nos tirar do texto boas e preciosas lições.
Assim como Boaz chegou ao seu campo vindo de fora, nosso Salvador chegou a este mundo vindo dos céus, e encontrou-nos famintos, sem os laços da família espiritual, salvando-nos e perdoando-nos. Agora, Ele tem interesse por nós. Quer que trabalhemos em Seu campo, pois pertencemos a Ele (I Pedro 2.9).
Como seria fácil para Rute deixar seu lugar de trabalho, quer por mera distração ou mesmo por desobediência. Mas a ordem era clara: “não passes daqui, aqui ficarás, estarás atenta”.Somente assim seria protegida pelo dono daquelas terras, seu novo senhor.
Na Palavra de Deus somos ensinados a permanecer em nosso campo de trabalho, e prestar nosso serviço atentamente. São muitas as “distrações” deste mundo e nossa tendência é buscar aquilo que nos agrada e nesses desvãos, passarmos das divisas e nos perdermos em “outros campos”.
Mas Boaz tem mais instruções para Rute: havia dado ordens para que seus servos não a tocassem, e quando sentisse sede estes dariam água para ela. Uma água boa, garantida, e da melhor qualidade,
Como filhos de Deus somos guardados por ele, e o maligno não nos toca. “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I João 5 : 18)
Será que a cada instante buscamos a fonte certa para saciar nossa sede? Ou será que temos avançado, passando dos limites e nossa sede esta sendo mitigada em poços alheios? Em João 7.37 o ensino de Jesus é este: “Se alguém tem sede venha a Mim e beba” Um dia mitigamos nossa sede de salvacão na pessoa de Cristo. E hoje, algum tempo depois, continuamos a nos dessedentar nessa Fonte?
Rute se sentia bem protegida, tinha comida boa e água preciosa, portanto, não é sem razão que se inclina com o rosto em terra (2:10), conhecendo o favor imerecido da parte de Boaz: era uma estrangeira e mesmo assim, Boaz lhe mostra seu coração amoroso.
Nós também fomos alcançados por uma salvação imerecida, pois éramos estrangeiros,mas Ele nos buscou e nos amou primeiro! Será que estamos dando o devido valor? Será que a água preciosa e a comida farta estão sendo apreciadas e consumidas devidamente por nós? Ou será que estamos nos satisfazendo em outros campos, bebendo água salobra e comendo apenas “alfarrobas”?
Curvemo-nos diante do nosso Salvador e rendamos nosso louvor pelo cuidado demonstrado a cada um de nós, colocando-nos num campo ideal, fornecendo-nos água preciosa, segurança e comida farta.
Que assim seja.
Leitura: Rute 2
Orlando Arraz Maz
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Uma resposta
Ainda que O louvemos muito é pouco! Grato por estes comentários sobre Rute. Abraço.