No último estudo abordamos aspectos de uma decisão irrefletida com seus tristes reflexos. Neste abordaremos uma decisão sábia e uma escolha sensata tomada por Rute, a moabita.
Após a morte de seu marido Malom e de seu cunhado Quiliom, esposo de Orfa, Noemi, a sogra dessas duas mulheres, resolveu voltar para terra de Belém, uma vez que lá os campos se tornaram férteis.
Ao iniciar sua viagem, notou que suas duas noras a seguiam. A partir daí, trava-se entre elas um diálogo interessante. Noemi, então, faz um apelo para que ambas permanecessem em Moabe, não se vislumbrando, em princípio, qualquer meio de convencê-las (vers. 8,9). E como resultado,choraram, dispondo-se a acompanhá-la (vers.10). Noemi tenta convencê-las uma segunda vez (vers. 11) e, finalmente, uma terceira vez (vers.12), mostrando-lhes que teriam pela frente um futuro incerto. Orfa, mesmo em meio às lagrimas, não resiste, e prefere permanecer em Moabe.
Por que Orfã teria resolvido permanecer em Moabe, sua terra ? Medo de enfrentar um futuro numa terra estranha? Incerteza? Desconfiança? Falta de fé no Deus de Noemi? Ou os deuses e prazeres de Moabe teriam maior atração sobre ela? Embora seja difícil responder a tais perguntas, por certo sabemos que não foi a melhor escolha.
A escolha por Moabe leva-me a pensar naquela gravura tão familiar retratando os dois caminhos – um largo, com seus atrativos, e o outro estreito com suas dificuldades (Mat. 7:13,14).Quantos hoje estão resolvidos a permanecer em “Moabe” , acomodados com seu “povo”, seus “deuses”,seus costumes etc. Esta foi a infeliz decisão tomada por Orfa.
Entretanto Rute, após ouvir mais um apelo de Noemi decide acompanhá-la, mesmo sabendo das consequências de sua mudança para Belém, deixando para trás seu povo, seus deuses, sua pátria. Os vers. 16,17 constituem-se numa das mais belas páginas da Bíblia, espelhando uma decisão apoiada na fé e num amor sem interesse. E mais, Rute revela dependência e submissão total. E tudo isto, aos pés de Noemi. Uma decisão sábia e abençoada.
Será que temos demonstrado em nosso viver rompimento total da “Moabe” em que vivemos, ou ainda há amarras que não foram cortadas? Será que ainda há coisas que nos impedem de contemplar a fartura de “Belém”? Uma avaliação urgente se faz necessária: ou fugimos de “Moabe” e a bênção do Senhor nos acompanhará, ou permanecemos e a mão do Senhor não será conosco.
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Que tal procurarmos sinais de Moabe em nossas vidas, livrar-mo-nos deles e caminhar confiantes pelo caminho estreito sempre aos pés do Salvador?
Leitura: Rute 1: 6 a 22
Orlando Arraz Maz
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Uma resposta
Interessante o assunto abiordado.