Quando olhamos para o firmamento num dia bem iluminado pelo sol, ficamos maravilhados com sua beleza, seu azul profundo e sua extensão. E a noite, um céu cravejado de estrelas, e uma bela lua iluminada. Somente o poder de Deus para realizar obra tão majestosa.
Agora, imaginem se Deus escancarasse o céu, e permitisse sua visão! Anjos circulando de um lado para o outro, ruas de ouro e brilhantes, salvos formando grandiosos corais, e Jesus caminhando acompanhado de grande multidão! Claro que não passa de uma hipótese, pois como míseros mortais, com uma natureza pecaminosa, não podemos desfrutar tais belezas. Entretanto, com um corpo de glória preparado por Deus na ressurreição dos salvos, tudo isso e muito mais será permitido desfrutarmos extasiados.
A Bíblia nos apresenta as várias vezes quando o céu foi aberto, para demonstrar sua aprovação ao Filho:
Na noite quando os anjos anunciaram o nascimento de Jesus:
“De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”( Lucas 2:13,14)
No dia do seu batismo:
Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mat.3:16-17)
No monte da transfiguração com três dos seus discípulos:
Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: “Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!” (Mat.17:5
Certa ocasião em Jerusalém, quando alguns gregos desejavam conhecer a Jesus:
“Pai, glorifica o teu nome! Então veio uma voz do céu: “Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente”(João 12:28)
Às vésperas de sua morte na cruz, no jardim, um anjo desceu para confortá-lo:
“Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia”.(Lucas 22:43)
No dia de sua ressurreição dois anjos apareceram a Maria para animá-la, e anunciar a gloriosa ressurreição:
“Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou-se para olhar dentro do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que você está chorando”?” Levaram embora o meu Senhor”, respondeu ela, “e não sei onde o puseram”(João 20:11-13)
Tais manifestações do poder de Deus em abrir os céus, revelam seu desejo em dar aos homens ciência de seus atos em prol da salvação de suas almas, sem deixar margem de dúvidas de que seu amado filho foi enviado por Ele.
As belezas de um céu aberto que nos inundam de alegria e paz, entretanto, não ocorreram na morte de Jesus quando ele sofria. Não houve anjos sobrevoando a cruz, ora confortando, ora enxugando seu rosto, mas o que vimos foi um céu enegrecido e total abandono, levando-O a exclamar:
“Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46).
Um hino expressa bem a de Jesus:
“A Sua vara Deus alçou E castigou-Te, enfim. Teu Deus a Ti desamparou, para amparar-me a mim. Verteste, então, como expiação, Teu sangue carmesim”.
(HC 506)
Que o nosso amor ao Senhor Jesus aumente mais e mais em nosso coração, pois Ele sofreu o abandono sem merecer, uma vez que não conheceu pecado, mas se fez pecado por mim e por você. Deus o abandonou na cruz porque via Nele os nossos pecados.
Assim escreve o profeta:
“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.”(Isaias 53:5)
O céu que foi fechado para Jesus felizmente está aberto. Deus o abriu no dia de sua ascensão para recebê-lo, onde foi preparar moradas junto ao Pai.
Se hoje não podemos contemplar as belezas internas do céu, por certo podemos vivê-las no presente para desfrutá-las na eternidade, desde que cremos em Jesus como nosso Salvador e Senhor.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©