O primeiro homem foi formado qual vaso perfeito,
Sem trincas, rachaduras ou ondulações.
Mãos de poder o fizeram. Mãos maravilhosas de Deus.
Mas não tardou que o lindo vaso fosse quebrado,
Perdendo toda graça, encanto e beleza.
Os cacos, antes um vaso, se esparramaram ao solo,
Já sem brilho, sem luz, sem fulgor.
O que fazer, então, para recuperá-lo,
Dar-lhe a graça e o encanto de outrora?
Quem seria o restaurador competente?
Mas Deus, o sábio criador, na sua divindade,
Sabia que tal acidente fatalmente aconteceria,
E para juntar os cacos espalhados,
Ao mundo seu amado filho enviaria.
E mais tarde, na cruz,o vaso destruído,
Pelo sangue derramado encontrou restauração.
Os cacos foram juntados, as trincas removidas, e
A beleza, enfim, propiciada.
Hoje, o homem, qual vaso quebrado encontra em Deus
Todo seu poder restaurador.
Basta crer na morte de seu Filho
para que toda a beleza outrora perdida,
todo brilho apagado,
Sejam de pronto restaurados.
A decisão está em suas mãos:
continuar como cacos espalhados, sem alegria, sem paz,sem serventia,
Ou nas mãos de Deus ser um vaso perfeito, revestido de ouro ou de prata,
Pois só a Divindade de Deus – o ouro – e da Redenção de Jesus – a prata –
São capazes para o bendito milagre.
Orlando Arraz Maz