“Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”. (Salmo 79:11)
Ao ler este versículo me vem à mente o período triste da escravidão, fartamente relatado em nossa história, e bem realçado por Castro Alves em sua obra “O Navio Negreiro”.
Asafe, o escritor deste Salmo, também apresenta a situação trágica dos cativos. O inimigo invadiu Israel, tomou posse da capital, corrompeu o templo sagrado, e reduziu a cidade em ruínas. Os que sobreviveram ao massacre se tornaram escravos e foram levados como cativos para outras terras. Daí o clamor do povo: “Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”.
Clamar por socorro a Deus é a melhor e única solução. Foi exatamente o que fez o povo de Israel outrora escravo no Egito. “Sob o açoite dos feitores de Faraó, também clamaram e Deus os atendeu: ”Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo… por isso desci a fim de livrá-los” (Êxodo 3:,8-9)
Entretanto, há uma escravidão que supera todas as demais, e que foi apontada por Jesus ao combater os fariseus: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.” (João 8 : 34)
O pecado tem sido o algoz do ser humano, que o leva a um viver fadado ao sofrimento e à separação eterna de Deus. Rouba-lhe a paz, tira-lhe o sono, e estabelece um clima de terror. O pecado esfria o amor e separa famílias. O pecado é uma fonte contínua de lágrimas a jorrar.
Jesus veio ao mundo, nasceu de uma virgem, e como Deus-Homem levou sobre si as nossas transgressões, e como nosso substituto morreu em uma cruz.
Diante do quadro tenebroso do pecado, mais uma vez Jesus vem nos ensinar: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Há uma poesia adaptada por José Ilídio Freire, em forma de canto que diz: “Os meus grilhões Jesus quebrou com sua poderosa mão; por seu poder me libertou, não vivo mais na escravidão” (HC 596). Na cruz Jesus Cristo com sua morte vicária, proclamou a libertação dos escravos, e trouxe a paz ao coração do homem.
Quando o ser humano compreender e depositar sua fé na obra redentora de Jesus, crer que Ele padeceu na cruz por seus pecados, passa a ter total posse da libertação obtida por Ele. E tem a plena liberdade.
Você, ainda, carrega grilhões nos pés? Busque em Jesus a Verdade, e Ele te libertará. Só assim você poderá cantar: “Os meus grilhões Jesus quebrou…não vivo mais na escravidão”.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz