Há tremor em toda a terra, há geral inquietação,
E rumor de nova guerra de nação contra nação.
São sinais de estar bem perto a chegada do Senhor,
Pode o crente estar mui certo
De ver breve o Salvador.
Vamos ver o bem amado, sua glória partilhar;
Quem aqui foi rejeitado há de vir enfim reinar.
Oh que dia tão glorioso em que os povos hão de ver
Um Rei justo e poderoso, a quem hão de obedecer.
E, se o dia não sabemos em que Cristo há de voltar,
Vigiar, então, devemos, e viver pra lhe agradar.
Bem merece que O sirvamos trabalhando com amor.
Sim, irmãos, irmãos, digamos”Vem, oh vem, Jesus Senhor.
O autor dessa maravilhosa letra é José Ilídio Freire, cujos dados biográficos queremos destacar neste blog.
15/10/ 1892 – 19/06/1987
José Ilídio Freire, nascido no século passado, enquanto transcorria o ano de 1892, é justamente considerado um dos maiores pioneiros portugueses no trabalho evangelístico em Portugal.
Ainda jovem iniciou-se no aprofundamento da vida cristã aceitando o Senhor Jesus Cristo como Seu Salvador aos 17 anos de idade.
Nesse ano de conversão, 1909, José Ilídio Freire, assistiu a algumas conferências evangélicas dirigidas pelo Ir. Rodolfo Horner, diretor da Associação Cristã da Mocidade, na sede desta organização, localizada na Rua das Gaivotas em Lisboa e foi precisamente numa dessas conferências que Freire sentiu a chamada do Senhor.
A mensagem exposta pelo Ir. Horner sobre a ovelha perdida de Lucas 15: 4-7 tocou profundamente o seu coração de maneira tal que se sentiu espiritualmente perdido se não obedecesse à chamada Divina. Quando chegou a casa, ajoelhou-se junto da sua cama e começou a falar com Deus pedindo-lhe a salvação da sua alma e confessando-Lhe os seus pecados.
O período político e religioso do inicio do século não era o melhor para aqueles que verdadeiramente se dedicassem a seguir Cristo.
No ano de 1910, um ano após a sua conversão, eclodiu a revolução republicana que depôs o Rei D. Manuel II por um lado, por outro a Igreja Católica controlava religiosamente o povo, sendo proibido distribuir e ler as escrituras.
Em 1920, Freire toma uma difícil mas também muito importante decisão na sua vida: dedica-se completamente ao Ministério empenhando-se ativamente na evangelização itinerante, na distribuição de literatura e no evangelismo dos reclusos. A sua decisão era difícil porque cinco anos antes tinha contraído matrimônio, e sendo pai dc uma menina necessitava de consolidar a estrutura familiar através do bom emprego de guarda-livros que possuía na firma “Casa Strcet”.
A sua decisão era muito importante porque desejava obedecer ao mandamento do Senhor “Ide, ensinai… (Marc. 16: 15). Mas Freire decidiu-se pelo melhor e produziu nos anos seguintes “frutos” visíveis na obra do Senhor. Apesar de sofrer perseguições devido ao fanatismo de alguns adeptos do catolicismo romanista, desde apedrejamentos a incitações dos próprios padres para com os populares, (alguns chegaram a gritar frases como: “Mata-o que é protestante”), nunca desanimou no seu empenho porque sabia que a causa que servia era nobre e para Cristo, seu Redentor (Rom. 1:16-1 Ped. 4:15-16).
Freire nunca temeu as dificuldades humanas. Ele percorria cidades e aldeias, a pé ou de carroca, sempre pregando o Evangelho de Cristo como o Poder de Deus para a Salvação. Muitas vezes necessitou de descanso e a melhor maneira de o conseguir era dormir na sua própria carroça, apesar de muitas vezes ser incomodado pelos lobos.
Mas, em resultado do seu Ministério muitas almas encontraram o Salvador e várias Igrejas foram fundadas (entre elas: Bucelas, Sines, Carregado, Carrascal, e em colaboração com o Ir. Ernesto Holden, Castelo, Salvaterra dos Magos, Alvaiade, Maria Pia, etc.).
Também se preocupou com a realização de Escolas Dominicais procurando chamar as crianças para o conhecimento da Bíblia e de Jesus Cristo como Salvador. Do mesmo modo visitou encarcerados falando-lhes do Justo Redentor, e teve o prazer de contatar com o maior burlão da História Portuguesa, Alves dos Reis, o qual, segundo pessoas intimas confirmaram, aceitou Jesus no fim dos seus dias.
Freire foi um destacado escritor. Ele é autor de muita literatura evangelistica e tradutor de vários folhetos do inglês para o português. Foi um dos responsáveis pela criação da revista “Alimento Espiritual” e tem o seu nome referido no nosso hinário “Hinos e Cânticos” como autor de 19 belos hinos e coros (veja-se os números: 221-365-379-388-422-558-559-580-593-596-650-677-678-687-692-694-703-742-747) alguns dos quais são cantados com entusiasmo, graças à maravilhosa letra e música apropriada.
Freire foi também um dos fundadores da “Convenção Beira-Vouga”, que há mais de 50 anos se realiza anualmente.
José Ilidio Freire foi um homem temente a Deus, consagrado a Deus e exemplo para todos os cristãos. Foi um homem de oração e por isso a obra que realizou deu os seus frutos. Freire era um amigo de Deus, por isso todas as noites se levantava ás 4.30 horas para passar duas horas na meditação das Escrituras e em oração com Deus.
Fonte: O Refrigério
Hinos e Cânticos
Hinos e Cânticos
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Uma resposta
Apreciei muito a publicação do "Cantinho da Biografia – José Ilidio Freire" e até aproveitei pa cantar o hino lembrando-me de um casal de portugueses que chegaram em M.Velho e cantaram este hino . Grato