“Ditas estas cousas muitos creram nele.
Disse-lhes, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele:
Se vós permanecerdes na minha Palavra,
sois verdadeiramente meus discípulos.
E conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará” (Ev. João 8:30,31,32)
Estamos vivendo dias onde a religiosidade cresce de forma assustadora. Grandes concentrações são realizadas, e basta um convite para quaisquer eventos que por certo lotarão praças, estádios, ou enormes edifícios.
Não é uma característica de nossos dias. É bastante antiga, pois vem dos tempos de Jesus. Em qualquer lugar por onde passava multidões queriam estar perto dele “E Jesus, ao desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas”. (Marcos 6 34).
Também não mudaram os interesses. No campo religioso são os mesmos tanto nos dias de Jesus, como em nossos: curiosidade, desejo de estar bem perto do pregador para ouvi-lo melhor e até para tocá-lo. Poucos são os que nutrem um desejo de conhecer melhor a Cristo ou mesmo de recebê-lo como Salvador.
As palavras de Jesus que inspiram esta meditação foram dirigidas a um grande número de pessoas, que passaram todo o dia ouvindo seus ensinos. Jesus ensinou-lhes que era a luz do mundo, identificou-se com o Pai, e fez saber a todos que sua relação com o Pai era íntima, e que o Pai sempre esteve com ele. Ao terminar suas palavras, estas tocaram fundo em seus corações e “muitos creram nele”.
E Jesus vendo toda aquela manifestação, disse-lhes: “Se vós permanecerdes na minha palavra sois verdadeiramente meus discípulos”.
Será que tais ajuntamentos têm levado o povo a lastimar o seu pecado, arrepender-se com sinceridade, mudar radicalmente de vida, e confessar a Jesus como Salvador? Se o objetivo for outro como mera curiosidade, desejo de cura física, prosperidade financeira, por certo nada alcançarão, pois Cristo deve ocupar o primeiro lugar entre todas estas coisas.
Prazam os céus que destes ajuntamentos muitos encontrem a pessoa de Cristo, conheçam a verdade que liberta e sejam verdadeiros discípulos dispostos a honrar o nome de Jesus.
Na multidão é fácil ostentar Jesus na camiseta, tatuado no corpo ou em uma grande faixa; difícil – mas não impossível – é ter Jesus dentro do peito e servi-lo como um verdadeiro discípulo.
Que assim seja
©Orlando Arraz Maz