“Eis que agora o ser humano tornou-se como um de nós,
conhecendo o bem e o mal.
Não devemos permitir que ele também estenda a sua mão
e tome do fruto da árvore da vida e
comendo-o possa viver para sempre.”
Por isso o SENHOR expulsou o ser humano do
jardim do Éden e fez que ele lavrasse a terra da
qual havia sido formado. (Gên. 3:22,23)
Há um pensamento extraído deste versículo de que a espada colocada por Deus no jardim foi um ato de vingança,em razão do crédito dado por Adão e Eva à voz da serpente. Entretanto,chega às raias do absurdo, pois Deus é amor.
Por que, então, querubins e uma espada como barreiras impeditivas ao jardim?
Por certo tudo foi um ato de graça, uma forma majestosa e reveladora do amor de Deus.
Pensem comigo: caso tivessem acesso à árvore da vida, teriam uma vida “eterna”, e não uma vida limitada de 70, 80, ou quando muito a 100 anos, em casos excepcionais. A vida seria tão enfadonha, sem a fartura do jardim, permeada de sofrimento, um prato cheio para Satanás, vendo uma multidão sem fim, a passos largos para o inferno.
A partir da instalação da espada, a promessa de Deus no jardim começaria a adquirir seus contornos. E o caminho que foi fechado como impedimento à uma vida eterna de dor, foi aberto para uma vida eterna de paz e de delícias.
A semente da mulher, o Senhor Jesus Cristo, veio para abrir um novo e vivo caminho que nos garante uma vida eterna.
“Eu sou o caminho”, palavras de Jesus. “Eu posso dar uma vida eterna bem diferente àquela fora do jardim, pois sou a verdade e a vida. E o mesmo Pai que agiu com a espada, agora recebe com alegria os que desejam uma vida eterna nos céus” .
Jesus Cristo, mediador de uma nova aliança, nos abriu o caminho pelo seu corpo rasgado na cruz:
“Sendo assim, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos mediante o sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que Ele nos descortinou por intermédio do véu, isto é, do seu próprio corpo” (Hebreus 10:19,20).
Ao morrer na cruz, literalmente o véu do templo foi rasgado, como um recado dado por Deus de que o caminho estava franqueado a todo o pecador.
Bendita aquela espada, pois ela me aponta para a cruz de Cristo, e revela o grande amor de Deus, franqueando minha entrada à sua presença para viver um vida eterna longe da presença do pecado.
Na porta que dá acesso à entrada para os céus, existe apenas uma cruz vazia por onde eu preciso passar, crendo na maior redenção que ali foi efetuada.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz