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D.L.MOODY – 7ª PARTE E FINAL

D.L.MOODY
 
1837 – 1899
 
“Se Deus pode usar Spurgeon, Ele pode me usar também”
 
7ª e ÚLTIMA PARTE
 


Apesar de Moody não ter instrução acadêmica, reconhecia o grande valor

da educação e sempre aconselhava a mocidade a se preparar para manejar

bem a Palavra de Deus. Reconhecia a grande vantagem da instrução

também para os que pregam no poder do Espírito Santo. Ainda existem três

grandes monumentos às suas convicções nesse ponto – as três escolas que ele

fundou: O Instituto Bíblico em Chicago, com 38 prédios e 16.000

matriculados nas aulas diurnas, noturnas e cursos por correspondências; o

Northfield Seminário, com 490 alunos, e a Escola do Monte Hermon, com

500 alunos.

 
Entretanto, ninguém se engane como alguns desses alunos e como diversos
crentes entre nós, pensando que o grande poder de Moody era mais intelectual do que espiritual.
 
Nesse ponto ele mesmo falava com ênfase: para maior clareza, citamos o seguinte de seus “Short Talks”:
 
“Não conheço coisa mais importante que a América precise do que de homens e mulheres inflamados como o fogo do Céu; nunca encontrei um homem ( ou mulher ) inflamado com o Espírito de Deus que fracassasse. Creio que isso seja impossível; tais pessoas nunca se sentem desanimadas. Avançam mais e mais e se animam mais e mais. Amados, se não tendes essa iluminação, resolvei adquiri-la, e orai:
‘Ó Deus ilumina-me com o teu Espírito Santo’!”
 
No que R. A. Torrey escreveu aparece o espírito dessas escolas que fundou:
 
“Moody costumava escrever-me antes de iniciar uma nova campanha, dizendo: “Pretendo dar início ao trabalho no lugar tal e em tal dia; peço-lhe que convoque os estudantes para um dia de jejum e oração”. Eu lia essas cartas aos estudantes e lhes dizia: ‘Moody deseja que tenhamos um dia de jejum e oração para pedir, primeiramente, as bênçãos divinas sobre nossas próprias almas e nosso trabalho’!
 
Muitas vezes ficávamos ali na sala das aulas até alta noite – ou mesmo até a madrugada – clamando a Deus, porque Moody nos exortava a esperar até que recebêssemos a bênção”.
 
“Até o dia da minha morte não poderei esquecer-me de 8 de julho de 1894.
 
Era o último dia da Assembléia dos Estudantes de Northfield. Às 15 horas reunimo-nos em frente à casa da progenitora de Moody… Havia 456 pessoas em nossa companhia… Depois de andarmos alguns minutos, Moody achou que podíamos parar. Nós nos sentamos nos troncos de árvores caídas, em pedras, ou no chão. Moody então franqueou a palavra, dando licença para qualquer estudante expressar-se. Uns 75 deles, um após outro, levantaram-se, dizendo: ‘Eu não pude esperar até às 15 horas, mas tenho estado sozinho com Deus desde o culto de manhã e creio que posso dizer que recebi o batismo com o Espírito Santo’.
 
Ouvindo o testemunho desses jovens, Moody sugeriu o seguinte: “Moços, por que não podemos ajoelhar-nos aqui, agora, e pedir que Deus manifeste em nós o poder do seu Espírito de um modo especial, como fez aos apóstolos no dia de Pentecostes?” E ali na montanha oramos”.
 
“Na subida, tínhamos notado como se iam acumulando nuvens pesadas; no momento em que começamos a orar, principiou a chuva a cair sobre os grandes pinheiros e sobre nós. Porém houve uma outra qualidade de nuvem que há dez dias estava se acumulando sobre a cidade de Northfield – uma nuvem cheia da misericórdia, da graça e do poder divino, de sorte que naquela hora parecia que nossas orações bombardeavam essas nuvens, fazendo descer sobre nós, em grande poder, a virtude do Espírito Santo”.
 
Que Moody mesmo era um estudante incansável, vê-se no seguinte:
 
“Todos os dias da sua vida, até o fim, segundo creio, ele se levantava muito cedo de manhã para meditar na Palavra de Deus. Costumava deixar sua cama às quatro horas da madrugada, mais ou menos, para estudar a Bíblia. Um dia ele me disse: “Para estudar, preciso me levantar antes que as outras pessoas acordem”. Ele se fechava num quarto afastado do resto da família, sozinho com a sua Bíblia e com o seu Deus”.
 
“Pode-se falar em poder, porém, ai do homem que negligenciar o único Livro dado por Deus, que serve de instrumento, por meio do qual Ele dá e exerce seu poder. Um homem pode ler inúmeros livros e assistir a grandes convenções; pode promover reuniões de oração que durem noites inteiras, suplicando o poder do Espírito Santo, mas se tal homem não permanecer em contato íntimo e constante com o único Livro, a Bíblia, não lhe será concedido o poder. Se já tem alguma força não conseguirá mantê-la, senão pelo estudo diário, sério e intenso desse Livro”.
 
16 de novembro de 1899
 
Tudo no mundo tem de findar; chegou o tempo também para D. L. Moody findar o seu ministério aqui na terra. Em 16 de novembro de 1899, no meio de sua campanha em Kansas City, com auditórios de 15.000 pessoas, pregou seu último sermão. É provável que soubesse que seria o último, certo é que seu apelo era ungido como poder vindo do Alto e centenas de almas foram ganhas para Cristo.
 
Para a nação, a sexta-feira, 22 de dezembro de 1899, foi o dia mais curto do ano, mas para D.L. Moody foi o dia que clareou, foi o começo do dia que nunca findará. Ás seis horas da manhã dormiu um ligeiro sono. Então os seus queridos ouviram-no dizer em voz clara: “Se isto é a morte, não há nenhum vale. Isto é glorioso. Entrei pelas portas e vi as crianças! (Dois de seus netos que já tinham falecidos). A terra recua; o céu se abre perante mim. Deus está me chamando!” Então se virou para a sua esposa, a quem ele queria mais do que a todas as pessoas, a não ser Cristo, e disse: “Tu tens sido para mim uma boa pessoa”.
 
No singelo culto fúnebre, Torrey, Scofield, Sankey e outros falaram à grande multidão comovida que assistiu. Depois o ataúde foi levado pelos alunos da Escola Bíblica de Monte Hermom a um lugar alto que ficava próximo, chamado “Round Top”. Três anos depois, a fiel serva de Deus, Ema Moody, sua esposa, também dormiu em Cristo e foi enterrada ao lado do marido, no mesmo alto, onde permanecerão até o glorioso dia da ressurreição.
 
Contemplemos de novo, por um momento, a vida extraordinária desse grande ganhador de almas. Quando o jovem Moody chorava sob o poder do Alto na pregação do jovem Spurgeon, foi inspirado a exclamar: “Se Deus pode usar Spurgeon, Ele me pode usar também”.
 
A biografia de Moody é a história de como ele vivia completamente submisso a Deus, para esse fim. R.A. Torrey disse: “O primeiro fator por cujo motivo Moody foi instrumento tão útil nas mãos de Deus é que ele era um homem inteiramente submisso à vontade divina. Cada grama daquele corpo de 127 quilos pertencia ao Senhor; tudo que ele era e tudo que tinha pertencia inteiramente a Deus… Se nós, tu e eu, leitor, queremos ser usados por Deus, temos de nos submeter a Ele absolutamente e sem reservas”.

 

Leitor resolve agora, com a mesma determinação e pelo auxílio divino:
“Se Deus podia usar Dhight Lyman Moody, Ele me pode usar também!” Que assim seja! Amém!



Fonte: Heróis da Fé – Orlando Boyer – Editora CPAD – Páginas 231 à 252







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