“Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome;
Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me conheça;
refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim.(Salmos 142:4-7)
Naqueles tempos uma caverna era um lugar escuro e solitário. Não era como as cavernas de nossos dias com boa iluminação e abertas para visitação. Foi esse o lugar escolhido por Davi para esconder-se da perseguição do rei Saul, e ao mesmo tempo para derramar sua alma perante Deus.
Ele estava profundamente abatido, abandonado por amigos, sem a fama de ser um forte guerreiro como nos tempos de Golias, enfim, em total baixa de estima e em completo abatimento de alma.
O melhor lugar era abrir seu coração dentro de uma das muitas cavernas relatadas na Bíblia – Engedi, Adulã – quem sabe, e foi assim que fez. E Davi nos dá uma valiosa lição quanto à oração, quando estamos debaixo de um peso insuportável. “Derramo perante Ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação”. Muitas vezes falamos dos nossos medos às pessoas erradas, ou mesmo aos amigos que julgamos ter, e os “conselhos” chegam sem qualquer direção divina.
Davi procurou a Deus no momento certo: “quando dentro de mim esmorece o meu espírito”. Quando já não lhe restavam forças ele procurou falar com Deus na caverna.
Hoje podemos entrar em nosso quarto, e longe de todo o barulho, expor nossas apreensões a Deus. Foi assim que Jesus ensinou seus discípulos: “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.
Davi reconhecia em Deus um refúgio perfeito tantas vezes declarado em seus salmos dos quais destacamos dois:
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”.(Salmos 46:1)
“Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é o meu alto refúgio”.(Salmos 59:9)
Quando estamos abrigados dentro do refúgio secreto de Deus, ele ouve nossa oração e nos tira do “cárcere”, o lugar sombrio da perda de um amigo, de uma pessoa amada, de um filho que tanto amamos, de uma doença repentina, e tantos outros “cárceres” que nos abatem. Estar nesta situação é um fato que Deus entende; permanecer sem corrermos para a “caverna” é algo que Deus reprova. Portanto, lá dentro precisamos clamar de todo o nosso coração: “Tira a minha alma do cárcere”. Deus deseja ouvir a nossa voz, dar plena libertação, curar nossas feridas e dar-nos a vitória.
Davi deseja sair da caverna totalmente restaurado e declarando a todos o bem estar de sua alma com um louvor em sua boca: “os justos me rodearão pois me farás muito bem”.
Nossa oração é para que Deus nos tire da caverna, liberte nossa alma do cárcere, e coloque um novo cântico em nossa boca. “Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem”.(Salmo 116:7).
Que assim seja
©Orlando Arraz Maz
Salmo 142 apresentado pelo Coral da Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Ministério do Belém em São Paulo – Pastor José Wellington, regente Wainer Fernandes, Piano Lígia -Órgão Ruth Peres – Rua Conselheiro Cotegipe 273 Belenzinho São Paulo-SP Cultos Domingos terças e quintas,
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