Um dia abençoado é aquele que começa com uma leitura bíblica e oração, e assim, estamos prontos para enfrentar mais um dia.
Entretanto, muitas vezes parece-nos que há algo fora de sintonia, pois sentimos nosso coração pesado. Logo nos esquecemos da meditação frente às nossas ocupações, trabalho, família, igreja, saúde, projetos pessoais, e tudo acumulado contribui para tirar nossa comunhão com Deus. E logo nos sentimos bem pra baixo.
O salmista passava por um período idêntico em sua vida. Ele começa o seu salmo com um lamento:
“Até quando te esquecerás de mim? Para sempre”?
A pressão era bem forte. Sente na sua alma a solidão, pois pensa que Deus se esquecera dele; sente vergonha diante das pessoas que supõem que Deus não cuida dele; desespero, porque ele é deixado só, com seus próprios recursos; injustiça, porque seus inimigos ganham vantagem sobre ele. Podemos concluir, assim: que homem mais triste.
Será que não ganhamos do salmista em pessimismo? Sem dúvida. E como seguimos nosso caminho? Como terminamos o dia que começou com oração?
Por que ficar pra baixo o tempo todo, pois temos recursos suficientes que nos permitem levantar a cabeça, escapar dos temores e das frustrações?
O salmista não fica derrotado envolvido em seus pensamentos. Do caos ele se levanta; da agitação da sua alma ele busca a tranquilidade em Deus, e encerra o seu salmo com uma nota de confiança:
“Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação o meu coração se alegra. Cantarei ao Senhor porquanto me tem feito muito bem”.
Ficar pra baixo não é pecado, mas é perigoso; e não devemos transformar este estado de alma para o resto do dia e contagiar aqueles que nos são caros. Portanto, devemos agir como o salmista.
Basta pensarmos assim: “Somos nascidos de novo e nos tornamos filhos de Deus, e Ele tem feito grandes coisas à nossa vida: deu-nos um Salvador precioso que morreu por nós, demonstrando a sua benignidade; restaurou a paz que o pecado nos roubou e nos cobre com uma multidão de bênçãos espirituais”.
E logo Deus colocará o cântico do salmista em nossa boca.
“Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação meu coração se alegra. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem”.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz