
“Bendito seja o Senhor que dia a dia leva o nosso fardo. Deus é a nossa salvação” (Salmo 68:19
Ao ler a palavra “fardo” logo me vem à mente a história narrada no livro “O Peregrino”, onde um homem trazia um fardo pesado às suas costas e o impedia de andar pelo caminho estreito. Quando se aproximou da cruz seu fardo foi solto como num passe de mágica, e aliviado entrou pela porta da cruz.
No decorrer da vida quantos fardos uma pessoa carrega! O fardo do trabalho, da incompreensão de amigos e familiares, da doença, da dor, do infortúnio, da morte, e por aí teríamos uma longa e infindável lista.
Eu conheço o tamanho do meu fardo e sei que me oprime. Tira minha alegria e deixa sulcos no meu rosto. Cada um bem conhece o seu. Todos carregam fardos e ninguém escapa deles. Pode ser leve ou pesado, passageiro ou demorado, mas não deixa de ser um fardo.
Fardo não é pecado. Pecado é tentar levá-lo sem pedir ajuda de Deus, e reconhecer que dia a dia Ele o carrega sobre si. Pecado é ser orgulhoso, arrogante e cheio de autoconfiança.
Neste salmo Deus se dispõe a levar nosso fardo dia a dia. Um dia, um ano, uma vida toda.
Que tal, então, pedir ajuda ao Senhor Deus e confessar que o fardo é pesado e que eu sou inútil e fraco? Quando tomo este passo, ele arrebata de mim meu fardo, coloca seu jugo sobre meu pescoço e me conforta dizendo: ”Deixa comigo o seu fardo e toma o meu que é leve, porque sou manso e humilde de coração” (Mat.11:28,29)
Não se esqueça: nosso fardo tem a tristeza e o peso do pecado. O fardo de Cristo é suave e leve e tem o peso do amor.
A Cristo toda a glória.
Orlando Arraz Maz