“Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
Contudo, aos que o receberam, aos que creram em
seu nome, deu-lhes o direito
de se tornarem filhos de Deus”(Ev.João 1:11,12)
No antigo testamento encontramos os nomes das doze tribos de Israel estampados nas vestimentas dos sumo sacerdotes. Eram feitas de quatro cores, a saber: púrpura que nos lembra de Cristo como Rei descrito no evangelho de Mateus; carmesim, que nos fala do Servo sofredor retratado pelo evangelho de Marcos; branco, que nos fala da pureza de Cristo apresentada no evangelho de Lucas, e o azul que nos fala do Filho de Deus no evangelho de João.
E nesta mesma vestimenta eram confeccionadas duas ombreiras, que levavam em cada uma o nome das doze tribos de Israel. Seis de cada lado. E no peitoral, outra peça do vestuário, doze pedras incrustradas com o nome de cada tribo.
Deus sempre deu valor ao nome das tribos de Israel, e quando o sumo sacerdote a cada ano entrava no santuário do tabernáculo e mais tarde do templo, para interceder pelo povo, o nome das tribos vinha em primeiro lugar e Deus se lembrava de cada uma. As falhas e imperfeições, as constantes murmurações do povo, e todas as suas mazelas eram perdoadas e Deus repartia entre o povo as suas bênçãos.
As práticas exercidas pelos sacerdotes foram abolidas com a vinda de Jesus a este mundo, mas servem como gloriosas ilustrações para nos ensinar que Ele é o nosso Grande Sumo Sacerdote, e que ele voltou à presença de Deus onde intercede por aqueles que são seus filhos. O escritor da carta aos Hebreus assim escreve:
“Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio, doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. (Hebreus 9:24-28)
A partir do dia que confessamos a Cristo como Salvador, em nosso coração trazemos estampado o título de filhos de Deus. Ele nos leva em seu coração à presença do Pai, nos sustenta em seus fortes ombros e nos leva em seus braços amorosos. E Deus se compadece de nossas fraquezas.
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.(Hebreus 4:15)
Deus nos vê perfeitos através do seu Filho, e nosso título de filho não carrega mais a marca dos pecados, pois estes, uma vez confessados e deixados, foram lançados nas profundezes dos mares, ou colocados atrás das suas costas, onde jamais serão vistos.
“Eis que foi para minha paz que eu estive em grande amargura; tu, porém, amando a minha alma, a livraste da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados”.(Isaias 38:17)
Deus tem prazer em nos receber como seus filhos, olhar para o nosso coração e vê-lo totalmente limpo e purificado no sangue de Jesus.
Amemos cada vez mais nosso Grande Sumo Sacerdote que nos leva em seu coração, sustenta-nos em seus ombros e nos seus braços nos leva em segurança.
Façamos nossas as palavras do hino:
“Jesus, de quem no coração, os nomes do teu povo estão”,
“Os teus remidos louvarão, Jesus teu santo nome”
Que assim seja
Orlando Arraz Maz