“ Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque Deus, o pai, o confirmou com o seu selo” (Ev. João 6:27) .
O milagre dos pães ainda estava presente na memória do povo. Algo extraordinário sem precedentes na história havia acontecido. Creio que todos se espantaram, inclusive o rapaz que ofertou sua refeição. A alimentação foi tão boa que comeram até se fartarem.
Após este milagre Jesus foi orar, e no monte passou boa parte da noite em comunhão com seu Pai. De madrugada foi ao encontro dos discípulos em pleno mar, e lá os livrou do vendaval que se abatia na embarcação.
Pela manhã as pessoas que foram alimentadas iniciaram buscas a fim de encontrá-lo, desejosos de nova alimentação. E não mediram esforços, pois usaram seus barcos para uma viagem até Cafarnaum, onde o encontraram. Estavam tão curiosas que desejavam saber como Jesus chegara até aquele lugar sem que elas soubessem.
Esta busca leva-me a pensar no interesse do ser humano, que quer de Jesus somente bênçãos materiais e se esquecem das prioridades da alma. E Jesus conhecia bem o intento de cada um deles, ao responder-lhes “Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes”.
Quantos estão desejosos por uma vida tranquila, farta, sem preocupações, e desejam Jesus somente para tais necessidades. Quantos se esforçam para alimentar o corpo cujo destino é a sepultura, onde voltará a ser pó. E Jesus apresenta-lhes a verdadeira sabedoria: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna”. Com isto Jesus não queria dizer que o trabalho para o sustento devia ser abandonado, mas que a prioridade para as coisas da alma, como crer nele, deveria ocupar o primeiro lugar.
Vale a pena todo desejo para receber uma nutrição espiritual, pois é o único alimento que não perece, e que não se desfaz na sepultura, e que nos leva à presença de Deus, sadios, fortes e bem nutridos. Com este precioso alimento, a fome deixará de existir, e o slogan tão falado hoje se tornará uma realidade “Fome Zero” de verdade”.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz