Vivemos dias difíceis no cenário evangélico, onde proliferam pregadores sem um compromisso com a Palavra de Deus, expondo mensagens superficiais que agradam aos ouvintes. Programas televisivos atraem multidões e templos estão superlotados de pessoas que desejam ouvir o que mais lhes agradam, em buscas por curas e milagres sensacionais. E aproveitando-se dessa massa incauta, surgem verdadeiros artistas-pregadores, lobos famintos, verdadeiros predadores, homens gananciosos e que se enriquecem a cada dia.
Quando o apóstolo Paulo escreveu aos crentes da cidade de Tessalônica, os falsos pregadores já circulavam por suas ruas e vielas, iludindo um grande número de pessoas. A mensagem deles tinha como nascedouro o erro, o mensageiro era um poço de imundícia, e seu objetivo era enganar a todos.
E Paulo apresenta sua defesa neste capítulo, mostrando-lhes que sua mensagem não provinha de erro, e que seus motivos eram puros, uma vez que havia sido aprovado por Deus. Mostra-lhes que agiu com todo o desvelo para com eles “como uma mãe que cuida dos próprios filhos”, e que trabalhou entre eles noite e dia de forma incansável para não lhes ser pesado.
Hoje é bem raro encontrar pregadores compromissados com as verdades de Deus, que se deixam gastar nas fileiras do evangelho, e que amam seus ouvintes despretensiosamente. Para eles não importa a decadência moral nas famílias, o distanciamento que têm de Deus, e muito menos vê-las a passos largos para uma eternidade sem Cristo. São insensíveis como os sofistas nos tempos de Paulo.
Precisamos de homens íntegros, portadores de uma mensagem que tenha origem no coração de Deus, que amam as almas, e que se gastem por elas. Somente assim haverá verdadeira restauração, tal como se deu com os cristãos de Tessalônica que se tornaram modelos para todos os crentes da Macedônia e da Acaia, e “que voltaram para Deus, deixando os ídolos, a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro”.
Que nossa oração suba até os céus clamando por homens dignos do Evangelho, compromissados com a Verdade, não gananciosos e, sobretudo, imitadores de Cristo.
Que assim seja
©Orlando Arraz Maz