Ah! Se eu soubesse que o poderia achar!
Então me chegaria ao seu tribunal.
Com boa ordem exporia ante ele a minha causa
e a minha boca encheria de argumentos. (Jó 23:3-4)
Jó está no auge do seu sofrimento. Sua dor é indescritível, e quem somos nós para censurar suas palavras! Por muito menos, nos queixamos.
Jó lamenta o fato de desconhecer onde encontrar o seu Juiz e o lugar onde se assenta em seu tribunal. Ele desejava expor perante Ele sua queixa e descobrir a razão de tanto sofrimento.
Entretanto, somos mais privilegiados do que Jó, pois temos à nossa disposição recursos em abundância para encontrar o nosso Salvador, e abrir o nosso coração perante Ele. Embora não padecemos do mesmo sofrimento, a gravidade de nossa doença é incomparavelmente maior, pois sem dúvida nos levará à morte eterna.
Jesus nos abriu um novo e vivo caminho que inicia exatamente na Cruz onde morreu. A entrada está franqueada a todos que desejam encontrá-lo pela fé. Lá não precisamos apresentar nossos argumentos, tampouco nossas queixas, mas simplesmente confessar toda nossa incapacidade e o nosso pecado. Ele deixou bem claro para Tomé quando este lhe perguntou como descobrir o caminho: “Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.(João 14:5,6).
Hoje não precisamos comparecer perante um Juiz em seu tribunal como pensava Jó. Jesus já se apresentou por nós neste tribunal e foi julgado pelo Pai, mesmo sem cometer pecado. Ele pagou um alto preço dando sua vida, morrendo na cruz. “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”.(Marcos 10:45).
Então, não há mais desculpas em afirmar que não conseguimos encontrá-lo, pois Deus garante nossa busca: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. E serei achado de vós, diz o Senhor…”(Jeremias 29:13,14).
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©