Quando a morte bate à nossa porta e leva alguém que tanto amamos, e que dependíamos de seus sábios conselhos, via de regra nos sentimos totalmente desorientados.
Mas não foi o que aconteceu com Josué. Embora a morte tenha levado pessoas tão queridas para ele como Arão, Miriam, e por último seu líder bastante apreciado, Moisés, não ficou sem rumo.
O segredo de sua firmeza era uma fé inabalável em Deus, cultivada em seu coração desde sua mocidade, e aprendida da sabedoria de Moisés. Seu prazer era estar em sua companhia, perto dele, e por isso “nunca se apartava do meio da tenda” (Êxodo 33:11)
Agora, com mais de 90 anos mantinha a mesma fé, desde aqueles dias tão difíceis na companhia de Calebe, ameaçados de apedrejamento, mas que se postaram firmes ante a incredulidade de mais de 600 mil israelitas.
Apesar da passagem dos anos, Josué estava preparado para receber a ordem de Deus que chegou aos seus ouvidos sem qualquer dúvida:
“Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel”. Não era um sonho, uma quimera, um vislumbre. Era a voz de Deus tão amada e conhecida por ele, e como sempre fizera, seria obedecida sem reservas.
Algum tempo depois, com cerca de 110 anos, quando já podia desfrutar das belezas da terra que manava leite e mel, suas últimas palavras ecoam como o mais retumbante brado de vitória:
“E eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra; e vós bem sabeis, com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma, que nem uma só palavra falhou de todas as boas coisas que falou de vós o SENHOR vosso Deus; todas vos sobrevieram, nenhuma delas falhou”.
Que a fé deste homem extraordinário fale ao nosso coração nestes dias de incredulidade, onde tantas pessoas duvidam do poder de Deus, descrentes de que a salvação só é possível através da obra de Jesus realizada na cruz do calvário.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz