“É melhor mendigar o pão neste mundo,
do que pedir água no inferno”
O rico e Lázaro são dois personagens que têm sido estudados por teólogos através dos tempos, e discutido por leitores e expositores da Bíblia, e muitos sem encontrar respostas para seus questionamentos.
Não pretendo com este artigo solucionar as dúvidas, mas, sim, compartilhar o que tenho aprendido com a ajuda de bons ensinadores e com a iluminação do Espírito Santo.
Trata-se, portanto, de uma história de duas vidas, duas mortes e dois destinos.
Primeiramente, esta é uma passagem real e não parábola, pois Jesus dá o nome de Lázaro, que é a palavra grega para Eliezer, que significa “Deus é (minha) ajuda”. Por sinal um nome apropriado para ele. Nas parábolas contadas por Jesus não há menção de nomes de pessoas, a exemplo da parábola do filho pródigo.
É um solene aviso dado por Jesus que abre a cortina da eternidade, e nos apresentam duas vidas que viveram neste mundo, uma sem se preocupar com seus semelhantes, alheia às suas necessidades, e sem ter o amor de Deus em seu coração. Lázaro, por sua vez, viveu uma vida confiando no Salvador para a salvação de sua alma.
Portanto, Lázaro não foi para o “seio de Abraão”, o céu, porque era pobre, mas porque em vida confiou em Jesus como Salvador; o rico, por sua vez, não foi para o inferno porque era possuidor de uma grande riqueza, pois Abraão que era muito rico creu em Deus, conforme nos ensina a bíblia:
“e se cumpriu a escritura que diz: E creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça, e foi chamado amigo de Deus. (Tiago 2:23)
Assim, o rico foi para o inferno porque não possuía Deus em seu coração, e, portanto, não podia amar Lázaro nem outras pessoas.
O apóstolo João ao escrever sua primeira carta, assim nos ensina:
“Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos”.(5:2)
Esta passagem deixa claro que o inferno é um lugar real, assim como eram reais os seus personagens. Não há qualquer menção de um lugar intermediário como purgatório, onde os mortos vão passando por diversos estágios até alcançar a purificação. Ledo engano. Pelo contrário, serve de advertência para que todos em vida recebam a Cristo como Salvador. Assim nos ensinam as Escrituras:
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hebreus 9:27)
O inferno será um lugar terrível onde vão todos os que não creem na palavra de Deus, não admitem serem pecadores carentes de um Salvador, e recusam as provisões de Deus para suas vidas.
Também descubro que após a morte há plena consciência, pois o rico trazia lembranças de seus irmãos, e de Lázaro e podia chamar Abraão de pai (costume usado pelos judeus).
O sono da alma deve ser totalmente descartado como pretendem alguns. O rico não perdeu a visão, a consciência, ou os sentidos através dos quais sentia dor e necessidades. Ele se encontrava em tormentos como nos conta Jesus – e Jesus, como Deus, não pode mentir. Ele pede a Abraão que mande Lázaro molhar na água a ponta do seu dedo e venha refrescar sua língua, pois estava atormentado na chama do inferno.
Muitos para alcançarem tranquilidade querem entender que tudo isso é figurativo e não real. Argumentam que uma alma sem corpo não pode ter sede nem dor. Embora admitamos que isso possa ser figurado, a situação no inferno era real e o objetivo de Jesus era avisar-nos do perigo e dos horrores do inferno.
Outra grande verdade nesta passagem é que os mortos não se comunicam com os vivos. Não há qualquer vislumbre nesta passagem bíblica, pois Abraão é enfático em sua resposta:
“Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”.(Lucas 16:29-31).
Abraão não indicou meio e nem permitiu tamanho absurdo, mas disse-lhe que seus irmãos deveriam dar ouvidos aos ensinos dos profetas e de Moisés. E ainda acrescentou que se um morto fosse ter com eles tampouco acreditariam. E isto está de acordo com a ressurreição de Lázaro (não o desta história), que após quatro dias na sepultura foi ressuscitado por Jesus, e logo os principais sacerdotes resolveram entre si matá-lo. (João 12:10).
Nesta solene passagem descubro o amor de Deus que quer que todos os homens se salvem:
“o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”.(II Tim.2:4)
Por fim entendo que o inferno é um lugar onde o amor e a compaixão de Deus, assim como sua misericórdia, não entram. É um lugar onde não há uma segunda chance.
Durante o curso de nossas vidas temos muitas oportunidades, e Deus as concedem porque nos ama e quer que todos sejam salvos e ganhem os céus e não o inferno. Após a morte as oportunidades se findam.
Resta, portanto, um abençoado escape da estrada que leva o homem ao inferno: dar meia volta e refugiar-se em Cristo, confessá-lo como Salvador e segui-lo por uma nova estrada, onde a Cruz é o ponto de partida.
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,
o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo” .(IITim.2:5,6)
Que assim seja
Orlando Arraz Maz
Uma resposta
Muito boa e oportuna essa meditaçáo,pois muitos estáo equivocados achando que (todos )os caminhos levam a DEUS. Disse JESUS : EU sou o CAMINHO a VERDADE e a VIDA ,ninguém vem ao PAI a nao ser por MIM. Evangelho de João,capitulo 14 e versículo 6.