Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão,
teve compaixão deles,
porque eram como ovelhas sem pastor.
Então começou a ensinar-lhes muitas coisas.(Marcos 6:34)
A Bíblia apresenta detalhes preciosos da vida de Jesus que valem a pena seu estudo. Por ocasião da primeira multiplicação dos pães e peixes, podemos concluir que foi um dia repleto de atividades, e todas cansativas, sem ter para ele e seus discípulos um minuto para comer e descansar. Avaliando a situação, Jesus os convidou para descansar em um lugar deserto. Entretanto, muitos vendo retirar-se com seus discípulos, acompanharam por terra o destino do barco, e chegaram antes deles.
Jesus não pode descansar, e ao ver grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Um pastor de rebanho é aquele que se preocupa com seus animais, defende-os de feras, providencia um pasto bem verde, e um riacho para dessedentar sua sede. Quando tudo isto é feito, surgem animais sadios e fortes.
Foi assim que Jesus viu aquela enorme multidão, totalmente desorientada e buscando alimento para a alma. E lá estava o Grande Pastor, que depois de ensiná-los providenciou um farto banquete de pães e peixes.
Ainda hoje Jesus manifesta a mesma compaixão, e se preocupa com o bem estar das pessoas e deseja alimentá-las sobejamente. Não quer despedir ninguém, pois para Jesus nunca é tarde. Mas os discípulos reagiram sugerindo que as pessoas comprassem comida nos campos e povoados, mesmo sendo tarde. Vemos em cada um deles uma frieza tamanha que chega a nos incomodar.
Vivemos dias de total indiferença no campo religioso. Há uma multidão faminta desejando ser alimentada pela Palavra de Deus, porém encontram lideres indiferentes, pastores interesseiros, que os despedem vazios de Cristo. Por outro lado há cristãos nominais que deixaram desaparecer as marcas da compaixão de Cristo, e são péssimos exemplos para aqueles que estão famintos de Jesus.
Nossa oração, porém, dirigida a Jesus, é para que ele abra os nossos olhos para encontrar famintos do pão da vida, e incendeie nosso coração com sua compaixão. E, com alegria, cantemos este hino: “Mais de Cristo quero ver, mais da sua graça ter, mais da sua compaixão, mais da sua mansidão” HC 349.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©