Toda vez que me deparo com este texto fico imaginando a cena: uma sinagoga lotada, pessoas atentas ao discurso de Jesus sobre “o pão que desceu do céu”. Alguns entenderam suas palavras, mas outros não quiseram entende-las. Deixando a sinagoga, muitos seguiram a Jesus, mesmo os que discordaram dele; alguns caminhavam aborrecidos, outros entristecidos e muitos revoltados alegando que seu discurso era bastante duro, ou seja, impossível de ser seguido.
A partir deste dia uma leva de “discípulos” o abandonou. Voltaram para suas casas com Jesus do lado de fora. E quanto perderam!
O quadro se repete em nossos dias, quando há muitos que discordam dos ensinos de Jesus, não creem em suas palavras, põe em dúvida sua divindade, fazem pouco de sua ressurreição e não aceitam sua volta para o céu. São extremamente infelizes como aquela multidão descrita nos versículos desta meditação.
Quando Jesus viu que viravam suas costas e o abandonavam, dirigiu-se ao grupo dos discípulos e perguntou-lhes: “Quereis vós também retirar-vos?” Desde o início de seu ministério não forçou a nenhum deles para segui-lo, e todos o seguiram espontaneamente. Ainda hoje é assim, pois convida cada um ressaltando: “vinde a mim… sou manso e humilde de coração… e encontrareis descanso para vossas almas”.
“Para quem iremos nós”? Foi a majestosa resposta de Pedro. Desde o primeiro dia quando visitou a casa do “Messias” com seu irmão André, saiu com a certeza de que achara o tesouro mais precioso de sua vida, e dele não abriria mão por nada, daí sua resposta. E continuou: “Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus” Notaram a colocação das palavras de Pedro? “Cremos”. Foi o que aconteceu quando encontrou Jesus. Sem reservas creu e o aceitou como o Messias. Colocou sua fé em Jesus. Depois vem: “Sabemos”. Tudo o que viu na pessoa de Jesus foi o suficiente para declarar “és o Santo de Deus”.
Mais do que nunca necessitamos de Jesus, quando há muitos ao nosso redor que o abandonam e seguem homens religiosos com suas ideias. Não há outro caminho a não ser Jesus, pois Ele tem as palavras de vida eterna, infalíveis, imutáveis e abençoadas. Já o sabemos, pois a Bíblia é rica de dados sobre Jesus. Precisamos, sim, crer sem reservas.
Tomemos a mesma posição de Pedro e seremos felizes nos agarrando a Jesus.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz