‘Que mar imensurável é teu profundo amor,
Ó como és deleitável insigne Salvador.
Em ti nós descansamos, na tua perfeição,
E a ti apresentamos a nossa adoração.”
(HC 519)
Passear pela praia e observar o mar que parece juntar-se no horizonte, ou entrar no mar profundo e mergulhar em suas águas, o que é melhor?
As duas colocações são interessantes, mas a segunda é bastante arriscada, mesmo para os que estão habituados em mergulhos. O mar é traiçoeiro e nele muitos já perderam suas vidas.
Nas cenas do naufrágio do Titanic, vimos como as pessoas lutaram para não morrer nas águas profundas e geladas daquele mar bravio.
Enfim, na praia os riscos são pequenos, no mar estão presentes.
Entretanto, pensando na poesia inserida neste texto, um hino cantado nas igrejas evangélicas, o amor de Cristo é retratado como um mar imensurável. Ao mergulhar em suas águas profundas encontro vida em abundância.
Não pretendo passear pela praia e observar o seu amor, pensar nele como fuga para os meus males, como um talismã para curar minhas feridas, mas quero mergulhar e sentir o envolvimento de suas águas da cabeça aos pés. Banhar-me em suas águas refrigera minha alma, e assim sou muito feliz.
Entremos neste mar. Fujamos da praia onde há desilusões e mágoas, e confortados no amor de Cristo, juntos descansemos.
“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (João 15 : 13)
Que assim seja
Orlando Arraz Maz