” eles, porém, ao vê-lo andando sobre o mar,
pensaram que era um fantasma e gritaram;
porque todos o viram e se assustaram;
mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes:
Tende ânimo; sou eu; não temais” (Marcos 6:49-50)
A leitura do capítulo seis do evangelho de Marcos nos dá um panorama das atividades de Jesus. Ele mesmo dizia “Meu pai trabalha até agora e eu trabalho também”(João 5:17). Portanto, era algo que ele apreciava, pois para isso veio ao mundo.
Ao findar desse dia despediu a multidão e foi ao monte orar. E quando desceu viu a dificuldade dos discípulos que remavam contra o vento na quarta vigília da noite (entre três e seis da manhã). Por certo estavam exaustos.
É notável pensar na atitude de Jesus, pois de longe viu o cansaço dos discípulos, e foi ao encontro deles. Há neste relato lições para todos, dentre as quais destacamos:
Jesus nos vê de longe: Ele sabia que eram seus discípulos em plena escuridão. Jesus não mudou e hoje ele conhece aqueles que lhes pertencem.
Jesus conhece nossas lutas: Lutamos contra as dificuldades dentro de um mar bravio e na escuridão. O vento sopra ao contrário e não saímos do lugar. Sua presença, portanto, acalma o vendaval e traz alívio ao coração.
Jesus vence o impossível. Ele caminha sobre o mar como em terreno sólido e a fúria do vento logo termina. Assim, ainda se manifesta e vem nos salvar no meio do vendaval e na escuridão do mar. Quantas vezes nos cansamos dentro do nosso “barco”, que gira com velocidade, mas não sai do lugar. Precisamos levantar nosso olhar e descobrir que é Jesus, não um fantasma, mas real e deseja nos socorrer.
Jesus se apresenta: “Sou eu”. É o “Eu sou” revelado a Moisés, que traduzido é o nome de Deus. Moisés encontrou a paz e a segurança na longa travessia do deserto, pois o “Eu Sou” caminhava à frente guiando o povo. Com os discípulos se dá o mesmo, ouvindo a voz do Mestre “Tende ânimo; sou eu; não temais”.
Jesus entra no barco: Assim, no mesmo instante, o vento cessou causando espanto nos discípulos. A mansidão das águas era algo impressionante, e o mar um lindo lago.
Jesus navega conosco: Agora, os discípulos podem sorrir na certeza que estão seguros. “E, terminada a travessia, chegaram à terra em Genezaré, e ali atracaram”.
Assim será com aqueles que o conhecem e são seus filhos, porque creram nele. Ele entra em nossas vidas, assume o comando e nos vendavais caminha conosco, e a paz descansa nosso coração.
Um dia nossa travessia será concluída, nosso “barco” será atracado, e então receberemos as boas vindas de Jesus que nos salvou.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz