A história do publicano Zaqueu, o homem bem pequeno, sempre causou curiosidade na mente das crianças. Quando a professora se apresentava com as figuras de Zaqueu em sua mão, mal respiravam para ouvir sua história.
A baixa estatura de Zaqueu não foi impedimento para ver Jesus, e essa era a lição que a professora desejava transmitir aos seus pequenos alunos. Zaqueu não mediu esforços e arquitetou seu plano com uma precisão sem igual: subir em uma árvore e conhecer a Jesus.
No primeiro quadro mostrado no flanelógrafo, via-se um homem sentado confortavelmente no tronco de uma árvore, embora pequeno, um adulto com uma barba espessa e branca. Em seguida vinha outro quadro com Jesus à frente de uma multidão, por certo ensinando como era seu costume.
O terceiro quadro que a professora segurava em uma das mãos, via-se Jesus olhando para cima, bem na direção de Zaqueu. E em seguida fixava outro, com os seguintes dizeres:
“Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje em tua casa”.
A professora neste ponto da lição pedia aos alunos que repetissem com ela os dizeres do quadro, e em seguida apresentava outro quadro com a reação de Zaqueu:
“Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria”. E todas as crianças recitavam o texto.
As crianças se alegravam com a alegria de Zaqueu, descendo pressuroso da árvore para encontrar-se com Jesus. E a professora enfatizava aos seus alunos que este fora o melhor dia na vida de Zaqueu.
A lição de Zaqueu ainda permanece nas mentes e corações das crianças de ontem que são os adultos de hoje.
Há muitos que desejam ver a Jesus, mas suas deficiências (não físicas, mas espirituais) os impedem, causando-lhes vergonha. Têm medo dos observadores, e muito mais de serem criticados pelo desejo de saberem mais de Cristo, atentarem para seus ensinos, e correrem para receber seu abraço amoroso e o perdão dos seus pecados. E assim se escondem entre as “folhagens das árvores” e não descem para o encontro restaurador de Jesus. E perdem o melhor de suas vidas.
Zaqueu rompeu uma dificuldade: seu tamanho pequeno. Colocou em prática seu projeto: subir em uma árvore. Com tais decisões seu plano alcançou sucesso, e assim foi abençoado por Jesus, que se prontificou visitar sua casa.
Quando vencermos tais barreiras e ouvirmos com prazer a voz de Cristo, “desce depressa porque importa que eu fique hoje em tua casa”, ou, ainda, “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”, nossas vidas como a de Zaqueu serão abençoadas. E este será o melhor encontro.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz